DEVEMOS LEVAR EM CONTA OS ENSINAMENTOS DO
VELHO TESTAMENTO E A LEI MOSAICA?
Graça e
Paz amados!
Como
teólogo eu tenho que desenvolver uma visão crítica e imparcial de todas as
doutrinas, ensinamentos, ponto de vista particular ou de uma comunidade religiosa
sem me deixar influenciar por minhas concepções e entendimento. Tenho como
pressuposto para o desenvolvimento do conhecimento que seja desenvolvido um
diálogo que respeite a todas as correntes de pensamento desenvolvidos no
decorrer do tempo, mas que devemos também depurar estes se levando em conta o
desenvolvimento e avanços do conhecimento humano. O que não se pode abdicar e
nem abandonar são as verdades bíblicas e ou teologais que são à base do
desenvolvimento de nosso conhecimento espiritual e doutrinário. O que quero
dizer com isto? Que nem um entendimento humano mesmo que seja tido como uma
verdade teológica está acima das verdades bíblicas. Todos os meus pontos de
vista devem e são baseados na Bíblia, mesmo que a verdade bíblica seja contrária
aos meus conceitos teológicos devo deixar de lado os meus conhecimentos e
pautar meu discurso pelo o que a Bíblia me diz a respeito de determinado
assunto. Sendo assim só devo aceitar refutações que estiverem alicerçadas nas
verdades ensinadas por Deus, Jesus e pelo Espírito Santo e que estiverem
contidas na Bíblia. E só para não deixar duvidas a Bíblia é composta de dois
Testamentos ou Alianças, a Antiga Aliança e a Nova Aliança.
Sendo
assim não podemos desprezar os ensinamentos e verdades contidos em seu total.
Vamos
começar justamente pelas duas Alianças, a Antiga e a Nova. O que você entende
por Antigo e Velho Testamento? Esta resposta é de suma importância para que
você entenda de vez que o que Deus disse na Antiga Aliança não é desprezado ou abolido
por Jesus. Na realidade o próprio Jesus nos diz que ele não veio “ab-rogar” (Mt.
5:17). Ab-rogar significa: por fora de uso, anular, revogar. Vejam que o
próprio Jesus está nos dizendo que ele veio ratificar e não retificar as
palavras do Antigo Testamento. É como se Ele nos dissesse “Eu assino embaixo
tudo o que foi dito no passado e digo mais...”. O que diferencia na realidade o
Antigo Testamento do Novo Testamento é a “Graça” que não havia na Antiga
Aliança e foi introduzida por Jesus na Nova Aliança. Não é a toa que nós
definimos graça como “favor imerecido”. Mas como podemos afirmar que está é
realmente a definição correta de graça? Para isto eu lhe indico ler e refletir
João 3:16.
Vemos
claramente que não éramos merecedores do amor universal de Deus, até ali Ele
somente havia elegido o povo Hebreu (Israel) para ser seu povo, isto é o que
nos ensina o A.T, mas agora Ele Deus coloca uma nova clausula em seu
Testamento. E isto torna nulo o antigo, mas ele o estende a todos os que crerem
em Jesus. Então o Antigo Testamento não foi destruído, rasgado, queimado ou
jogado fora. O que aconteceu é que agora, como dizemos em nossos dias
referentes às leis, ele passou a ter uma nova redação. Uma redação acrescida de
novos ditames e de supressão de alguns ritos sacrificais que não são mais
necessários para obter o “favor imerecido”. Todos os sacrifícios foram
cumpridos em Jesus, não existe maias o ministério sumo sacerdotal, pois Ele
Jesus é o verdadeiro Sumo Sacerdote. Ele tomou para si a responsabilidade de
entrar no lugar Santo dos Santos diante do Pai levando o nosso sacrifício, Ele
próprio, para interceder por aqueles que Nele crerem. Então fica claro até aqui
que para vivermos as verdades bíblicas é sim necessário termos a Bíblia com
seus Sessenta e Seis livros como regra de fé.
Veja como o Apostolo Paulo define o uso da Lei: “De maneira que a lei nos serviu de
aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados”. Gálatas 3:24. Vamos substituir a palavra
“aio” pelo seu significado. “De maneira que a lei nos serviu
de preceptor encarregado da educação doméstica das crianças de famílias
nobres ou ricas, criado particular; criado-grave, escudeiro, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé
fôssemos justificados”
(definição nossa).
Então já vimos que
o Novo Testamento é uma complementação do Antigo Testamento e não anula este e
que a Lei ou o Antigo Testamento nos educa e nos encaminha a viver pela “fé”
para sermos justificados perante Deus e que não precisamos mais dos ritos
sacrificais, pois Jesus é o nosso sacrifício santo e Ele próprio é nosso Sumo
Sacerdote e nos representa diante do Pai.
Tudo isto foi
somente uma introdução para que pudéssemos entrar em na discussão de um tema
que tem causado certo desconforto e hesitação não só no meio cristão, mas como
na sociedade.
Muitos são os
comentários que temos ouvido e lido a respeito do assunto:
PODE UM CRISTÃO SER POLICIAL E UTILIZAR SUA ARMA CONTRA OUTRA
PESSOA?
Sei que
muitos irão avocar o entendimento dado na Lex Talionis ou Lei de Talião.
Primeiro temos que entender que Talião não é uma pessoa e sim termo traduzido
do latim. A lex talionis, sendo lex: lei e talio, de
talis: tal, idêntico, é apena na rigorosa reciprocidade ou medida do crime e da
pena. Pode-se também referir-se a esta lei como retaliação. Usa-se com
frequência o termo olho por olho e dente por dente como a expressão máxima
desta lei. Mas como fica o cristão diante desta lei? Baseado no relato
anterior, devemos nos basear na Bíblia e nos ampararmos nela para justificar
nossos atos? Qual a sua opinião a respeito da pena de morte? Das penas de se
cortar a mão de quem rouba ou furta? Ou a pena de se aplicar chibatadas?
Sentenciar alguém a prisão perpétua?
Esta história
de dente por dente e olho por olho, a famosa lei de talião e que nos diz que
devemos agir com a mesma intensidade aos males cometidos contra nós ou contra
terceiros, não passa de uma interpretação equivocada. Vemos esta máxima com um
olhar preconceituoso e extremista. Na realidade trata-se de uma necessidade de
se harmonizar a punição e a justiça na busca de um equilíbrio entre o crime e a
punição. É uma busca por se obter uma medida justa entre se negar a justiça ou
restituí-la. O próprio significado da palavra talio do latim significa “tal”,
“igual”, “idêntico”. E o próprio Jesus nos ensina a tratar nosso semelhante de
forma “talio”. Confira: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu
inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz
que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos”. Evangelho de Mateus 5:43-45.
Veja que
Jesus está ensinando a tratarmos nossos semelhantes como a nós mesmos. Mas a
pergunta aqui é. Quem é meu próximo? E de quem eu sou próximo? Vejam que aqui
entramos no senso de justiça. Isto mesmo, o senso de justiça nos remete ao princípio da igualdade que implica em aceitarmos que devemos
tratar as pessoas colocadas em situações diferentes de forma desigual.
“Dar tratamento isonômico ás partes significa tratar igualmente os
iguais e desigualmente os desiguais, na exta medida de suas desigualdades”.
(NERY JUNIOR, 1999,p.42).
Acontece que na prática tudo nem tudo é claro como na teoria,
somos levados por pensamentos extremistas a julgar não pelo exato sentido das
expressões, mas á tendência marginalizadora e preconceituosa de nossas
interpretações nos levam a desenvolver um pensamento equivocado e ilógico dos
reais valores expresso pela até então tão famigerada Lex talio.
Mas o que eu quero com todas está explicação da Lei de Talião
em um paralelo com o senso de justiça?
Na realidade eu quero que os leigos, os doutores, os mestres
e os doutrinadores tenham um conhecimento, um ponto de vista a mais que os
possibilitem a discutir de forma sadia e construtiva os temas polêmicos que tem
levado muitos a tecerem comentários e a desenvolverem pensamentos
preconceituosos sobre tais temas.
COMO AGIR COM OS MAL FEITORES?
Será que Jesus ou Deus se agrada ou recrimina uma pena
aplicada á um malfeitor? Será que um homicida deve ser realmente tratado da
mesma maneira como eu trataria os familiares de sua vitima? Será que devemos
dedicar à mesma atenção e tratamento á uma vitima de estupro e para o seu
estuprador? Devemos prender o ladrão e sua vitima ou deixar ambos soltos?
É fácil expor a minha opinião sem passar por estes
acontecimentos, mas difícil é ter uma posição correta deixando de lado os
discursos politicamente corretos e usarmos o senso de justiça e o equilíbrio
que realmente a Lex talio quer ensinar.
Claro que eu como cidadão e principalmente como cristão não
devo e já mais irei apregoar a justiça com as próprias mãos. As autoridades
foram constituídas por Deus, tanto as eclesiásticas como as autoridades
seculares e devemos ser submissos tanto á uma com a outra, sob o risco de
estarmos agindo contra os desígnios de Deus. Antes de julgar se uma lei secular
é ou não arbitrária é necessário que eu faça uma analise dos valores que ela
defende. Será que estes valores estão de acordo com as leis de Deus? E essa
história de separarmos Antigo e Novo Testamento com a intenção de defender
minha posição, uma hora aceitando e outra negando o que um ou outro diz
chama-se tendencionismo. Não posso ser tendencioso em meus julgamentos. Se Deus
disse que algo é errado, ele o será até a consumação dos séculos. Pecado é e
sempre será pecado, não existe pecado maior ou menor, tudo é pecado. Não existe
crime sem criminoso e nem pena sem justiça.
Primeiro vejamos o que a Bíblia, e não somente um ou outro
Testamento, nos diz a respeito das autoridades.
“Toda
a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não
venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem
resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre
si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas
obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás
louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”.
Romanos
13:1-7
Esta
é a transliteração do capítulo e dos versículos assinalados, poderão ocorrer
divergências nas traduções, mas a sua essência não muda. Vemos que o
ensinamento aqui é a obediência e submissão as autoridades constituídas e que a
resistência a estas autoridades trará condenação a quem desta forma agir. Paulo
ainda vai além dizendo que as potestades, autoridades, são terror apenas para
os que agem mal. Entendemos que este terror inclui toda penalidade para quem
age contrário a lei emanada destas autoridades. Quem agir contrário à lei trará
sobre si a condenação. Mais adiante Paulo diz que alem de serem ministros de
Deus, são vingadores para castigar o que faz o mal. E a estas autoridades
devemos pagar os tributos, impostos e a honra a quem de direito for. E a
justiça destas autoridades empunha a espada não debalde, ou seja, não traz a
espada nas mãos por enfeite, mas aquele que empunha uma espada o faz para
usa-la.
Não
temos que ver a espada como um mero instrumento de morte, uma reles arma, na
realidade a espada simboliza antes a justiça, a autoridade o poder outorgado
por Deus.
Mas
onde encontramos parâmetros para afirmar que devemos tratar os iguais como
iguais e os diferentes como diferentes, já que vimos que as autoridades tem em
suas mãos a espada da justiça e do poder delegado por Deus? E como agir com
justiça e equidade diante de situações que coloquem as vidas das pessoas em
nossas mãos?
Já
disse que justiça com as próprias mãos não é o caminho e caracteriza crime.
Então agredir alguém só porque fui agredido me coloca na mesma esfera de
julgamento de meu agressor. Matar quem matou um ente querido ou um amigo me
torna tão criminoso quanto. Então devemos deixar que as leis e seus magistrados
decidam o que fazer e quem deve fazer.
Como
Deus delegou o poder às autoridades, estas delegaram aos seus agentes o poder
de cumprir e de fazer cumprir suas leis. Quem agride será levado diante do juiz
para ser julgado por seu crime, quem mata ou estupra a mesma coisa, porém as
penas serão distintas e maiores de acordo com o crime. Mas e os que decidem não
se colocar debaixo da mão da justiça e a não ser levado diante do juiz? Bem
estes certamente oferecerão resistência e não se entregarão com facilidade, e
se necessário for matarão para não serem punidos por seus crimes.
E
ai o que devemos fazer? O que a Bíblia diz a respeito?
Vamos
ao livro de Mateus Capítulo 5.
5
– Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6
– Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
9
– Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
17
– Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas
cumprir.
Porque
em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til
jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.
18
– Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim
ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que
os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20
– Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
21
– Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será
réu de juízo.
22 – Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
22 – Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Bem,
temos aqui a cerne e celebre passagem do Sermão da Montanha onde Jesus proferiu
as bem-aventuranças para o povo é justamente escolhi três destas para tentar
esclarecer os pontos obscuros acima colocados por mim.
No
versículo 5 Jesus diz que os mansos herdarão a terra, quer dizer que os
violentos, os roubadores, os matadores entre outros não terão direito a esta
herança. Estes serão deixado de fora, serão lançados no fogo que arde continuamente.
No
versículo 6 Jesus diz a os que te fome e sede de JUSTIÇA se fartarão, ou seja
terão a justiça feita de forma que se saciarão das suas benesses, benesses da
justiça.
No
versículo 9 vemos que Jesus chama a um grupo em especial para serem tratados de
filhos de Deus, os PACIFICADORES. E o que significa este adjetivo/substantivo: Substantivo
Masculino Pacifista; aquele que restabelece a paz; quem busca pacificar,
apaziguar: o pacificador do conflito. Adjetivo Pacificante;
capaz de pacificar, de promover a paz: acordo pacificador.
Então os que buscam, promovem, lutam pela paz são chamados
de filhos de Deus.
Por que será que no versículo 20 Jesus nos faz uma
advertência? “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Tanto uma
quanto a outra classe de judeus apregoavam as verdades bíblicas sem as
cumprirem em seu todo, daí deriva o termo pejorativo de fariseu, aquele que diz
o que ensina o que não cumpre. Eram conhecedores das leis, mas não as cumpriam
e ainda ensinavam e cobravam do povo o cumprimento destas. E os escribas eram
soberbos, conheciam as leis e guardavam estes conhecimentos para si como se
fossem fieis detentores das Palavras de Deus. Ambos faziam o povo errar por
falta de conhecimento verdadeiro.
Já
no versículo 21 Jesus cita uma das leis mosaica, “não matarás” (Ex. 20:13; Dt.
5:17) justamente para explicar o que ela não queria dizer. Assim como toda lei
secular precisa de um regulamento Jesus regulamenta está lei. Lembre-se que já
foi citado, que Jesus não veio anular a lei, mas fazer com que ela se
cumprisse. Ele cita a lei do homicídio e a regulamenta no versículo seguinte; 22
– Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem
motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que
disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser:
Louco, será réu do fogo do inferno.
Quero
que você entenda que Jesus fez um parêntese em sua explanação e que põe um
ponto final em todas as discussões a respeito de que se eu matar alguém, serei
ou não condenado! Veja que foi posto como uma condição para se condenar alguém
por homicídio, agressão, ira, maledicência (falar mal de alguém), ofensa verbal
e tudo quanto for uma forma de agressão ou difamação do próximo: Sem motivo!
Quem
agir assim, sem motivo será réu de juízo. Mas e se alguém reagir a uma agressão injusta, atual ou iminente, direito próprio ou
alheio, que pode ser repelida usando-se moderadamente dos meios necessários. Estará
passível de condenação?
É disto que eu estou falando Quem age de acordo com a lei não
encontra condenação, seja na lei secular ou na divina. Não matarás, dependendo
da situação. Jesus disse isto e a lei do homem diz a mesma coisa. E veja que
não se trata somente de quem age em cumprimento ao seu dever legal.
Você já deve ter ouvido falar do “vingador de sangue”, se
anda não leia as referências abaixo e entenderá melhor: Números. 35:19; 24;
27;Deuteronômio. 19:12; Josué. 20:5. Confira também as seguintes passagens
bíblicas: Salmos 9:12; 1Samuel 25:33; Apocalipse 6:10; 2Reis 9:7; Números
35:12; Deuteronômio 32:43; Joel 3:21; Números 35:21;25; Josué 20:3; 1Samuel
25:26; 2Samuel 14:11; Deuteronômio 19:6; Josué 20:9; 1Samuel 25:31.
Entenda que qualquer um que agir em sua defesa, na defesa de
sua família, de sua casa, de seu emprego, dos bens que estejam colocados sob a
sua guarda não peca se agir de acordo com a lei. Do homem se agir a uma injusta
agressão e com meios moderados e pela de Deus pelo mesmo motivo, usando de uma
ação pautada por um motivo. Por isto que a lei de talão antes de querer que se
puna com o mesmo rigor da agressão, ela nos quer ensinar a medirmos nossas
ações e agir na medida moderada e necessária.
E ENTÃO CRISTÃOS QUE SÃO POLICIAIS, OU AGENTES DE SEGURANÇA PODEM, OU
NÃO MATAR?
No meio policial seja
ele Militar, Federal, Civil, Guardas Municipais, Forças Armadas, Seguranças
Patrimoniais, Agentes Penitenciários, Promotores, Juízes existem vários
Cristãos. Todas estas profissões são extremamente de alto risco e tem seus
perigos, por isto seus integrantes são autorizados a andarem armados em horário
de serviço ou fora dele. E com certeza irão se deparar com ocasiões onde terão
quefazer uso de suas armas para reprimir uma agressão, um crime. Terão que
desta forma atirar em alguém ferindo ou até matando-o. Será um momento de
tensão, não somente pela situação de confronto, mas pela difícil escolha de ter
que matar alguém. Um conflito maior que a própria tensão de se estar em uma
troca de tiro que irá acabar em instantes, mas a consciência será sua acusadora
por todo o resto da vida se este agente não estiver ciente e for conhecedor de
seus deveres e direitos e do seu papel em relação à sociedade e a Deus. Afinal
como encarar uma escolha como esta de matar alguém, se o mandamento mor de
nossa fé é justamente “não matarás”?
Certamente como já foi visto e
dito, mesmo que nas entre linhas, a Bíblia não se posiciona contra quem quer
seguir uma carreira de Agente da Segurança Pública ou Privada. Muito pelo
contrário vemos o próprio Deus escolhendo as pessoas para comporem seu exército.
Confira o livro dos Juízes capítulo 7.
Com já citei no inicio toda autoridade é constituída
por Deus sendo o seu vingador para o bem de todas as pessoas e na mão traz a
espada símbolo de justiça poder. É co a permissão de Deus que estas autoridades
agem na preservação da ordem e cumprimento da lei. Leis que são editadas por
homens com o aval e presciência de Deus. Deus apoia sim as leis e por
consequência as punições previstas por elas.
Vemos que na realidade foi Deus quem instituiu a
legitima defesa, Êxodo 22:2, e foi baseado nisto que o homem editou a sua lei
garantindo a legitima defesa.
A Legítima defesa é uma excludente de antijuridicidade que se caracteriza pela existência
de agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode
ser repelida usando-se moderadamente dos meios necessários. Esta situação
justificante encontra-se positivada no Art. 23, I, e no Art. 25, ambos do
Código Penal. Agindo nos termos que justificam a legítima defesa o agente não
pratica crime, devido à exclusão da antijuridicidade, que é elemento integrante
e essencial do fato punível. No entanto, o agente pode responder pelo excesso a
título de dolo ou culpa.
No meio militar temos uma
máxima que nos diz que: “Ordem absurda não se cumpre”.
E se um policial ou agente de
segurança tiver que agir de forma contrária aos ensinamentos de Deus?
Evidentemente se enquadra no
principio da ordem absurda, pois se o fizer estará passível de punição.
Se uma ordem for
manifestamente contrária a sua fé todos temos o direito de nos negarmos a
cumprir tal ordem. Vamos ver primeiro pela lei secular:
Constituição
Federal
Art.
5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I -
homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
VI - é
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e a suas liturgias;
VIII -
ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
E a Bíblia nos ensina:
Atos 5:29 “Porém Pedro, e os apóstolo disseram: Antes seguir as ordens de Deus, do que as dos homens”.
A Bíblia também condena as autoridades que usam do poder de forma arbitrária e que contrariem ou suprimam os direitos agindo de forma abusiva. Da mesma forma ela age com as autoridades que são corruptas e pervertem os direitos do povo para o seu próprio proveito e interesses. Confira Deuteronômio 27:25.
Atos 5:29 “Porém Pedro, e os apóstolo disseram: Antes seguir as ordens de Deus, do que as dos homens”.
A Bíblia também condena as autoridades que usam do poder de forma arbitrária e que contrariem ou suprimam os direitos agindo de forma abusiva. Da mesma forma ela age com as autoridades que são corruptas e pervertem os direitos do povo para o seu próprio proveito e interesses. Confira Deuteronômio 27:25.
O certo é que quem decidiu ser Policial Militar,
Policial Civil, Policial Federal, Guarda Municipal, Agente de Segurança Privada,
integrante das Forças Armadas, Juízes, Promotores, Agentes Penitenciários são
autoridades constituídas por Deus e estão debaixo de seu Senhorio. Não pecam
por cumprirem a lei e fazer ela ser cumprida. Estes são os pacificadores que restabelecem
a paz; quem buscam pacificar, apaziguar os conflitos, tem a capacidade de
pacificar, de promover a paz e são chamados de FILHOS DE DEUS.
Não são
carreiras tranquilas, mas devem ser exercidas com justiça e prudência, o servo
que entregou a sua vida a Deus deve ter em mente que seu caminhar agora deve
ser orientado pela Bíblia e pelas Leis seculares, mas que a Lei de Deus
suplanta em muito a do homem e se tiver que escolher, escolha a de Deus.
“A CABEÇA
QUE ENCONTRA A SOLUÇÃO É A MESMA QUE CRIA OS PROBLEMAS”
IGREJA EVANGÉLICA TEMPLO NOVO DE DEUS MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
Pr. ANDRÉ LUIZ COUTINHO
“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina”! Isaías 52:7
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