sábado, 17 de julho de 2021

QUANDO MUDAR UM PARADIGMA PODE SER A DIFERENÇA ENTRE A VIDA E A MORTE!

2CO. 6:14: NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL COM INCRÉDULOS; PORQUANTO QUE SOCIEDADE PODE HAVER ENTRE A JUSTIÇA E A INIQUIDADE? OU QUE COMUNHÃO, DA LUZ COM AS TREVAS?

Esta passagem de 2 Coríntios tem uma vasta aplicação que vai desde as relações interpessoais até as comerciais, mas geralmente se utiliza esta passagem para ensinar como deve ser o relacionamento dentro de um casamento, um relacionamento entre um homem e uma mulher.

Baseado em Gênesis 2:24 “Portanto deixará o homem seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á á sua mulher, e serão ambos uma só carne”; Se ter a verdadeira noção de como é o padrão de relacionamento conjugal criado por Deus. O homem foi criado para ter apenas uma esposa e ser ele também o único marido de sua esposa. A bigamia, apesar de vermos muitos reis de Israel terem mais de uma esposa, não agrada a Deus. 

Homem e mulher foram criados para serem íntimos ao ponto de se tornarem uma só carne, para se tornarem parte comum um do outro.

Os valores humanos e seculares têm no homem o seu centro, enquanto para o cristão Deus é o centro de tudo. Por não ter Deus como o centro de seus valores a Bíblia afirma que o mundo jaz no maligno (cf. 1 Jo. 5:19). E para se evitar o “jugo desigual” o cristão deve buscar com quem tem os mesmos valores e princípios morais cristão.

Paulo ensina que os valores do mundo têm o homem como centro e não Deus. Por isso, é dominado pelo maligno. Sendo assim, os crentes devem buscar se relacionar com quem tem os princípios e valores cristãos.

A passagem citada de 2 Coríntios seria na realidade para fazer analogia a um relacionamento entre um “crente” e um “descrente”, mas dentro da realidade de nossa sociedade, de nossos dias e de nossas Igrejas, tem-se que estender as palavras do Apóstolo Paulo, na realidade deve ser estendida para as relações entre “crentes” e neste caso principalmente nas relações matrimoniais.

Faz-se necessária a explicação primeiro sobre: “O que é um jugo”?

Jugo é um instrumento de madeira colocado no pescoço dos bois, ficando este lado a lado e junto a carga puxada. O jugo se torna desigual quando este par de bois é formado por um mais forte e outro mais fraco e são colocados para puxar uma carga. Como o mais forte tem uma maior facilidade para puxar a carga e o mais fraco apresenta uma certa dificuldade este trabalho não rende, é de baixa produtividade e difícil. O que seria para ser um trabalho fácil se torna penoso dado ao desacordo das partes enquanto estão unidos pelo jugo.

Isto posto, o conselho do Apóstolo Paulo em 2 Coríntios 6:14 é parte de um conjunto de admoestações do apóstolo feitas a Igreja de Corinto de como deve ser a “vida cristã”. Os coríntios são aconselhados a evitarem fazer associações com aqueles que não crêem em Jesus Cristo, pois os valores morais cristãos são diferentes dos valores seculares.

Os valores de um cristão não têm os mesmos princípios comuns dos descrentes. Confira o que Jesus ensina em 1Jo 2:15-17: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vêm do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

Em um relacionamento de jugo desigual fatalmente se terá que abrir mão do que se acredita com a finalidade de se evitar conflitos e até de se evitar que um mal maior ocorra. Mesmo se tendo a convicção de que um cristão não deve abrir mão de seus valores as vezes as condições da vida levam as pessoas a repensarem seus valores e prioridades e as leva a tomar decisões drásticas.

A união de um crente e um descrente é em sua essência unir opostos, o que torna a relação difícil e insuportável. 

Mas e quando a relação que se tornou difícil e insuportável é entre dois crentes no Senhor Jesus? O que fazer quando o agressor é um pastor, um presbítero ou alguém que se diz temente a Deus?

Deve a parte agredida permanecer neste relacionamento?

Uma das realidades da sociedade sempre foi a violência doméstica, e engana-se quem pensa de que isto é um fato da modernidade ou pós modernidade. A sociedade masculina sempre olhou para a mulher como um objeto, sem poder de palavra, de voto, de decisão. Este é um problema que atravessa séculos e sempre assombrou e tem assombrado as mulheres. Independentemente de onde ocorra deve ser uma prática reprovável e criminalizada. 

Se no mundo secular já causa revolta o que dizer quando ocorre dentro das nossas Igrejas e com pessoas que se dizem representantes de Deus e portadores de sua palavra?

Infelizmente nas Igrejas existem mulheres que são agredidas por seus cônjuges, muitas apanham caladas por medo de expor seu companheiro ao vexame diante da congregação. Preferem viver seus horrores e sofrimentos caladas muitas vezes por medo de serem desacreditada pelas lideranças das Igrejas ou por medo das ameaças muitas vezes feita pelo agressor. Elas se sujeitam a viverem este cenário muitas das vezes por se verem presas em “jugo desigual” e por terem sido ensinadas por séculos de que o divórcio só é aceito em caso de adultério. Vivem em uma premissa que ensina ser o divórcio odiado por Deus, sim esta é uma verdade, porem os problemas psicológicos, neurológicos e físicos também são uma verdade em sua vida e na vida dos filhos que em muitos casos também são agredidos e na sua totalidade são testemunhas das agressões.

Mas será que isto é realmente verdadeiro? Será que a morte é a única saída possível?

Não há duvidas de que o divórcio se trata de uma instituição humana e não divina. O próprio Senhor Jesus afirma que ele foi autorizado por Moisés dado a dureza de coração do homem (cf. Mt. 19:8) corações caídos e distantes de Deus.

Não se pode confundir a luta para restaurar uma união que está se deteriorando, se esfriando, entrando no ostracismo, uma relação enfraquecida estremecida, com uma relação onde o respeito já foi perdido ou nunca existiu, onde a violência e as agressões físicas e psicológicas nunca existiram.

Paulo ensina que se pode dar a carta de divórcio em caso de abandono do lar por parte de cônjuge incrédulo (cf. 1Co. 7:15).

Porém analisando friamente, não seria a agressão praticada por um esposo a sua esposa um abandono do lar? Isto por si só já daria a esposa o direito ao divórcio!

O simples fato de se afirmar ser “crente” não torna uma pessoa efetivamente “cristão”, principalmente aqueles que agridem as suas esposas. Na realidade esta contradição entre afirmação e ação deixa claro que este nunca conheceu verdadeiramente a Cristo.

Em hipótese alguma a mulher deve se sujeitar a qualquer tipo de agressão seja ela física ou psicológica. Todas as agressões devem ser denunciadas as autoridades, não se deve ter medo e nem receio de se por um ponto final neste tipo de comportamento.

“POR VENTURA ANDARÃO DOIS JUNTOS, SE NÃO ESTIVEREM DE ACORDO?” Am. 3:3

A agressão contra a mulher é uma agressão ao Senhor Deus, é também uma agressão aos bons costumes e não condiz com a “VIDA CRISTÔ!

Independente se a mulher agredida seja crente (cristã) ou não, este tipo de comportamento deve se banido da nossa sociedade, das nossas Igrejas.

Não seja conivente, ajude e denuncie, não compactue com o discurso de que se deve levar todo sofrimento, queixas, angustias, lamúrias aos pés do Senhor e aguardar por sua justiça.

A justiça de Deus virá sim sobre os injustos e infiéis, mas neste caso a justiça do homem deve precede-la. Pois isto pode ser a diferença entre a vida e a morte.


Deus os abençoe!

Ev. André Luiz Coutinho

MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ


QUANDO MUDAR UM PARADIGMA PODE SER A DIFERENÇA ENTRE A VIDA E A MORTE!

2CO. 6:14: NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL COM INCRÉDULOS; PORQUANTO QUE SOCIEDADE PODE HAVER ENTRE A JUSTIÇA E A INIQUIDADE? OU QUE COMUNH...