segunda-feira, 9 de março de 2015

UMA IGREJA DE FAZ DE CONTA - VIVENDO DAS APARÊNCIAS

Vivemos em plena cultura da aparência: O contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, a roupa mais do que o corpo e a missa mais do que Deus” Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio.
Nunca foi tão difícil enfrentar uma crise no meio cristão como a que esta ocorrendo em nossos dias. Parece que as pessoas tentam se esconder atrás de suas mascaras. Isso mesmo, nossos cultos se transformaram em verdadeiros bailes a fantasias, onde cada um ao chegar vem travestido de suas aparências que julgam ser o bem maior que eles (pensam possuir) possuem. Mas poderíamos ser mais felizes e alegres em nossa vida se não vivêssemos de aparências.
Hoje todos os seguimentos da sociedade organizada ou não usam uma mascara, os relacionamentos sociais, familiares, profissionais religiosos são de faz de conta. Nada é levado a sério, o verdadeiro amor, a verdadeira amizade, o verdadeiro profissionalismo e verdadeira crença deixaram a muito de ser levado a sério. As pessoas já não se reconhecem mais, nem a si mesmas e nem as com quem mantém um relacionamento. Nada é sério, tudo é superficial, mera formalidade.
Aparentam uma falsa felicidade para esconder suas frustrações e tristezas. Levam uma vida intensa de afazeres, projetos, amores e fé, mas quando chega a noite seu maior confidente, o travesseiro, sabe tudo o que sofre sua alma. A falta de atenção, amor familiar levam pessoas a molharem as fronhas de seus travesseiros, nos encontros religiosos fiéis, obreiros, líderes religiosos choram em suas orações, mas não por sentirem a presença do Espírito de Deus e sim por se depararem com sua realidade, pregam o que não vivem.
Mas o que tem levado pessoas a viverem sustentando a todo custo sua aparências? Por que é tão difícil assumir suas frustrações, amarguras, tristezas, anseios, sonhos e projetos não concretizados? Porque não procuram através da auto aceitação viver da maneira como se deseja, ao lado das pessoas que amam?
O grande problema é um só, o modismo de viver por de traz de uma mascara passou a ser normal e aceitável em nossa sociedade.
Porém isto não é privilégio e nem exclusividade nossa ou de nosso tempo. A Bíblia nos mostra uma Igreja que viva de aparências, uma Igreja que dizia ser o que não era, mas Jesus a repreende e a adverte sobre sua vida de aparência, e esta advertência deve ser tomada por nós hoje.
“Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”; Efésios 1:18
Jesus não viveu de aparência, mas viveu a verdade e a plenitude do amor ágape, e é Ele quem nos alerta para vivermos na certeza de seu amor, de suas promessas e de seus ensinamentos. Jesus nunca pregou o individualismo, o egoísmo, o orgulho. Por isso o Apóstolo Paulo escreveu aos irmãos da igreja de Éfeso uma carta de dentro da prisão apontando o propósito eterno de Deus de estabelecer e completar o corpo da Igreja de Cristo que deve ser o verdadeiro Líder e Cabeça da sua Noiva “a Igreja”. Ele fala que Jesus iluminou os olhos dos irmãos de Éfeso abrindo-os ao entendimento para que eles pudessem ver e enxergar o caminho posto diante deles para que caminhassem na esperança da vocação à que foram chamados e para que pudessem compreender o que os esperava ao fim da  caminhada da fé, as riquezas da glória na sua herança nos santos. Era nesta fé e crença que os irmãos deveriam caminhar e é nesta mesma esperança e fé que nós hoje devemos encarar nosso problemas, nossas crises, nossa frustrações. Mas como eu disse a Bíblia nos relata a história de uma Igreja de aparências, uma Igreja que havia perdido a confiança em Cristo e em suas promessas. Uma igreja que talvez se reunisse em vários cultos diários, que talvez tivesse uma programação intensa com programas de rádio e televisão, que demonstrava ter uma intimidade com Jesus. Uma igreja que talvez fosse tida como a mais bem sucedida na expansão do evangelho, uma igreja onde o poder operava, uma igreja rica e bem conceituada em sua região. Mas uma igreja que já não mais sentia a comunhão com o Espírito Santo, que já não tinha a intimidade demonstrada com Cristo. Uma vida de simples e pura aparência, um faz de conta.
“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Apocalipse 3:1-6
No ano 17Dc. A cidade de Sardes fora destruída por um forte terremoto e as marcas da destruição ainda eram sentidas. Ela ficou isenta do pagamento de impostos por cinco anos por ordem do imperador Tibério, para auxiliar na sua reconstrução. Já ao final do século Sardes era uma cidade próspera, rica, luxuosa, uma cidade que ostentava seu poderio econômico.
A igreja em Sarces era uma igreja peculiar, não era atacada por Judeus, por heresias ou por profetas mal intencionados. Era uma igreja que não chamava a atenção ela era ignorada. Uma igreja invisível era como se ela não existisse, mas nem por isso era uma igreja sem problemas. Jesus a conhecia bem e sabia seus problemas e se apresenta a ele como o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”.
Isto demonstra a plenitude e a presença de Cristo na sua Igreja. Sardes tinha a aparência de estar viva “tens o nome de que vives” e vivia desta aparência quando na realidade estava morta em sua fé. Foi pesada e achada em falta diante de Deus. Vivia uma vida de mentira usando a mascara de suas aparências, uma aparência de vida para encobrir a morte espiritual pela qual passava. Jesus já havia tecido um comentário forte a este respeito quando afrontou os judeus de sua época.
 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”. Mateus 23:27-28.
Existem pessoas que vêm beleza na morte, mas a morte não é bela. A morte causa dor, sofrimento, depressão, sentimento de perda, frustração, impotência diante das circunstância, mas um dos sentimentos mais devastadores que ela causa e a perda da fé. Quantos diante da morte de um ente querido culpam a Deus pelo ocorrido e se distanciam dele, abandonam a fé. Isso pode não ser notado pois Há pessoas que passam a viver de aparências, guardando dentro de si um sentimento de rancor e ódio por Deus, mas para não serem acusados ou marginalizados pelos religiosos acabam por, externamente, demonstrarem que ainda possuem um sentimento e fé e esperança. Esse era o caso dos irmãos da igreja de Sardes. Por fora eram todo Jesus, como costumamos dizer, mas por dentro cheiravam mal, por mias belo que seja um cemitério lá só se encontra a morte, por mias belo que seja um túmulo dentro só tem carne poder e fétida. O cristão quando passa a viver de aparência só traz dentro de si a morte, carne podre e mal cheirosa, suas mensagens já não são mais dirigidas pelo Espírito de Deus, já não contém a unção divina, seus conselhos são vazios, pois fala do que não vive. Tem o nome do que está vivo, mas está morto.
Que triste fim aguarda esta vida, aparências não levam ao céu, mas encaminham para a segundo morte. A igreja de Sardes estava morta e não sabia, pareciam zumbis andando pelas ruas da cidade, ostentava o nome de cristão, somente isso, pois a vida de verdadeiros cristãos não habitava mais em seu interior.
Quantas igrejas em nossos dias não levam a mesma vida, quantos irmãos, sem saber, não estão vagando sem rumo pela vida cristã. A primeira vez que se usou a palavra “cristão” para designar os seguidores de Cristo foi na Antioquia (cf. At. 11.26). A palavra grega referente é “cristiani”, sendo que o sufixo “ani” é relativo a “partidário de alguém” no caso de “Cristãos” “partidários de cristo”.
Para quem interage com política sabe que partidário e diferente de simpatizante, partidário é atuante, defende seu candidato, suas ideias, seus projetos, é fiel aos seus ideais enquanto o simpatizante assiste de longe, gosta, mas não se envolve, até vota neste candidato, veste uma camiseta como o seu nome, mas no fundo ele diz: se tivesse outra opção não apoiaria este.
Era mias ou menos isso o que estava ocorrendo com os irmãos de Sardes, era conveniente para eles se apresentarem com cristãos, talvez pelo modismo ou talvez isso lhes conferisse algum status diante a sociedade religiosa, mas seus testemunhos depunham contra eles: Conheço as tuas obras” Jesus não estava apenas os alertando os estava acusando de não serem discípulos fiéis, de terem abandonado o primeiro amor, e terem se amoldado ao sistema, de quererem tirar proveito da situação tão somente por serem igreja e levarem o nome cristão.
Em nossos dias não tem sido diferente, muitos dos que estão ai somente ostentam o titulo de cristãos, mas não o são. Vivem uma vida de duplicidade, somente são cristãos dentro das igrejas e perante outros cristãos, quando estão na roda dos escarnecedores seu testemunho e totalmente contraditório com o viver do cristão. Não dão testemunho de Jesus, mas deus riquezas, de sua prosperidade, confiam no dinheiro, são meros seguidores de sinais, não querem um compromisso mais intenso com a obra, não buscam intimidade com Jesus. O que interessa para eles é o que possuem hoje, é o ouro que põem acumular aqui na terra, se esquecem que Jesus aconselha que compremos Dele o ouro provado: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; Apocalipse 3:18.
A cidade de Sardes era uma cidade rica, consequentemente a igreja também não passava por privações financeiras e esse era um ponto de orgulho para os irmãos daquela igreja. Assim com hoje muitos se orgulham de pertencerem a uma comunidade religiosa autossuficiente financeiramente. Não se importam se são explorados ou não, o status quo é o que importa.
Mas o justo juiz esta de olho, esta contemplando todas as obras e faz uma advertência: Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”.
O evangelho havia sido pregado, ensinado e confiado aos irmãos, mas em seus corações já não ardia mais a chama deste evangelho. Jesus exorta-nos a guardar o que temos aprendido, o que recebemos com alegria em nossa conversão, seus ensinamentos devem ser guardados e aplicados em nossa vida diária, não somente nos momentos de culto, nas reuniões ministeriais, nas conversas com outros irmãos, mas temos que aplica-los em nosso lar, em nosso local de trabalho, em nosso momento de lazer somos as fieis testemunhas de Cristo. “e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Atos 1:8
A igreja de Sardes havia abandonado esse compromisso, eu testemunho era próprio, de suas obras, de sua riquezas, mensagem vazia e sem vida brotavam de seus lábios e Jesus lhes diz que se não houver arrependimento Ele virá como ladrão, que ninguém se apercebe por não saber a hora em o ladrão vira. E qual é o papel do ladrão se não tirar os bens e a riqueza de alguém. Era essa a advertência de Jesus, se não houvesse arrependimento capaz de provocar ma mudança brusca no comportamento da igreja ser-lhe-ia tirado seus bens e riquezas, ela já não teria mais do que se orgulhar, sua vergonha e sua nudez seriam expostas em praça pública, a vida de faz de conta deixaria de existir.
Mas há um porém na história dessa igreja, havia os que perseveravam na fé, os que se mantiveram íntegros, que não sujaram sua vestes na podridão de uma vida dupla, que ainda guardavam dentro de si a vida de Cristo Jesus, E deles Jesus da testemunho: “Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso”.
Não esta tudo perdido alguns ainda estão alerta, estão atento, estão fazendo o papel do evangelista, não cessam e nem cansam de anunciar a Cristo e sua salvação. Estes não se deixam levar pelos prazeres oferecidos pelo mundo, não vivem uma vida dupla, são fieis e permanecem fiéis.
 “Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho”. Hebreus 12:6. Não ignore a repreensão de Deus, Ele te ama e por isso quer o melhor para você e o melhor de Deus ainda esta por vir em sua vida.
A promessa para os que vencerem, para os que perseverarem também é anunciada por Jesus.  “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
E que é o vencedor? O vencedor é aquele que terá um nome que nunca se apagará, será vestido de branco, e Jesus irá confessá-lo diante de Deus Pai. O vencedor é quem anda com Jesus em seus caminhos, quem tem certeza da salvação, é aquele que perseverar na batalha, combatendo o bom combate, terminando a carreia e guardando a fé.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. 2 Timóteo 4:7-8.
Se você tem vivido uma fida de faz de conta, de fingimentos, se ao invés de se revestir com a armadura de Deus você tem usado a mascara de Satanás, não tem vivido o que prega. Se sua vida parece um conto de fadas em que no final tudo dará certo e você se sentirá feliz. Cuidado você corre um sério risco de não sair vencedor e nem guardar a fé, mesmo porque essa você já perdeu.
Venha! Jesus te chama para descer até a casa do oleiro para que ele te refaça como um vaso de honra. Não se deixe levar por doutrinas de engano, por ensinos de falsas promessas. Você vale pelo que é e não pelo que você tem.
Jesus não está preocupado com seu sucesso, com seu carro, com sua conta bancária, com o padrão de vida que você leva. Essas são preocupações humanas.
Jesus te chama para comprar dele ouro refinado no fogo e o melhor não importa se você tem dinheiro ou não, você tem crédito com o seu Deus e Le lhe chama para uma compra que o mundo não pode lhe oferecer.
“Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”. Isaías 55:1
E você que não cedeu aos apelos do mundo, aos ensinamentos da falsa profetisa Jezabel, que não se rendeu as doutrinas de Balaão, mas se manteve integro e fiel. Você que traz em sua vida os sinais de um vencedor, para você e para os que se arrependerem está reservado à coroa da vida. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 1 João 5:5
Deixem sua vida de aparência se estas morto viva a “VIDA DE CRISTO”  Ele te garante a vida eterna.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”; João 11:25

MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
EV. ANDRÉ LUIZ COUTINHO

“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina”! Isaías 52:7

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